terça-feira, 14 de julho de 2015

O mais difícil não é necessariamente seguir em frente, mas deixar algumas coisas para trás. Engraçado como é dolorido curar as dores, livrar-se do que machuca.Mas é! Arrancar aquela flecha que a gente morre de medo de tirar e morrer sangrando. Ou aquela farpa que incomoda mas que a gente já se acostumou. Talvez seja inimaginável ser livre. Assustador até. Livramo-nos das razões de nosso sofrer e o que fazer, o que dizer, quem culpar se não conseguirmos ser felizes? E se conseguirmos e descobrirmos que perdemos tanto tempo? Tentamos e tentamos partir mas não conseguimos ir muito longe por levar malas cheias do que já nos vestiu mas não nos serve mais. Joga essa bagagem! Comece do zero. Com pouco. Reinvente-se. Refaça-se. E larga de mão o que te faz mal. Enfia a mão na ferida, sem anestesia, e arranca de vez o que dói, o que não deixa sarar. Porque dor a gente não alimenta. Nem dá abrigo. A gente tem é que ter coragem de abrir a porta e convidá-la (ou forçá-la) a se retirar. Sem pena! Ela já ficou tempo demais." 

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