sábado, 29 de fevereiro de 2020

Ele saiu da minha vida sem dar explicações. 
Eu então apaguei as fotos, o número e as mensagens, mas nada disso ajudou com que ele fosse apagado de mim. 
O fato é que hoje o meu celular tocou, e eu conhecia muito bem aquele número, apesar do dono, hoje em dia, ser um estranho para mim. 
Se eu ouvisse o conselho dos meus amigos não haveria atendido e nos pouparia de todo e qualquer constrangimento. 
Ele já não era o mesmo, e eu, de certa forma, havia mudado. 
Pediu para me encontrar num boteco que costumávamos ir quando éramos um feito de dois. 
Eu aceitei, pois eu sentia saudade e precisava saber como seria ter um encontro com o passado. 
Eu não sabia o que vestir, queria parecer interessante e não uma boba, também queria ser sensual, mas sem ser vulgar... 
Sei lá, eu queria ser eu mesma, mas eu mesma não me caia bem. 
Quando cheguei ele já estava lá, bebia um vinho e usava um perfume forte que eu nunca havia sentido antes. 
O corte de cabelo também era outro e a barba agora estava grande. 
Elogiou o meu sorriso e o meu decote, agradeci. 
Ele não demorou para começar a me falar de amor e sobre nós, eu só pude ouvir tudo calada por longos minutos. 
A mão dele se encaixou na minha e ele jurou estar arrependido por tudo o que me fez passar. 
Eu quis acreditar em tudo, mas sabia que ele não havia mudado. 
E então ele falou "eu mudei muito, acredite, só o amor que continua o mesmo", e foi por esse amor ser o mesmo que eu me levantei e fui embora. 
Doeu muito olhar pra trás e o ver chorando.
Mas Foi melhor eu ir! 
Pode me chamar de idiota, burra e louca... Mas algumas pessoas não merecem uma segunda chance. 
E depois de tudo isso eu pude entender que certas coisas precisam morrer dentro da gente. 
E esse amor é uma delas.
VIVENDO E APRENDENDO 
- Maria Eduarda Barroso B Brito.

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